Para quem é a nossa Psicologia? A resposta parece óbvia – para todas as pessoas! -, mas ainda é necessário que a pergunta seja feita diante de uma sociedade que marginaliza pessoas. Embora a Psicologia brasileira tenha sido pioneira na publicação de uma normativa acerca da despatologização da diversidade sexual e de gênero, ainda existem profissionais que a desrespeitam. O preconceito e a discriminação contra a população LGBT deve ser combatido por profissionais da Psicologia e não propagada em suas intervenções.

É necessário agir de acordo com o código de ética no sentido de “promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades”, devendo contribuir “para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” Profissionais da Psicologia podem (e devem!) contribuir para a transformação do estigma em orgulho. Por isso hoje, dia do orgulho LGBT, a Sociedade Brasileira de Psicologia reafirma seu compromisso com uma Psicologia inclusiva na qual todas as pessoas possam ser quem são e convida toda categoria profissional para promoverem contextos protetivos para que todas as pessoas LGBT possam sentir orgulho em ser quem são.

Texto elaborado por Jean Von Hohendorff, pós-doutor (UFRGS), professor do PPG em Psicologia (ATITUS Educação) e associado efetivo da SBP.